Um pouquinho da história de Michael Faraday

Por Tairini da Silva

Michael Faraday nasceu em Newington Butts (hoje Elephant and Castle), Inglaterra no dia 22 de setembro de 1791 sendo de origem muito humilde. Seu pai se chamava James Faraday e trabalhava como ferreiro e sua mãe Margaret Hastwell foi a figura familiar mais forte e passou a ser a única, após a morte de seu pai em 1809 vítima de uma doença; com isso faraday precisou largar os estudos para começar a trabalhar, tornando-se entregador de uma oficina de encaderna­ção onde passou a ser aprendiz de encadernação de livros e permaneceu trabalhando até os 21 anos. Durante esse tempo passou a se interessar pelos livros que encadernava, muitos dos quais contribuíram para grande parte do seu aprendizado uma vez que só teve o mínimo de educação até os treze anos. Faraday teve três irmãos, sendo dois mais velhos, Elizabeth e Robert, e uma irmã mais nova que ele.
Aos 22 anos, Faraday tornou-se assistente de sir Humphry Davy (cientista de destaque da época), a quem ele conheceu na Royal Institution e começou um aprendizado de alta produtividade e passou a participar ativamente nas pesquisas de Davy. Trabalhando bas­tante, em pouco tempo fez importantes pesquisas em química e física, publicando os resultados em livros editados, respec­tivamente, em 1817 e 1821. Os anos de trabalho como assistente deram a Faraday a possibilidade de tor­nar-se um experimentador de primeira ordem. Era essa, para ele, a única ma­neira de fazer ciência, pois não tinha co­nhecimentos que lhe permitissem traduzir em termos matemáticos os fenômenos que descobria, assim Faraday teve que procurar para cada fenô­meno a explicação mais simples, o que foi extremamente útil para a realização de estudos cada vez mais complexos.
Em junho de 1821 Faraday se casou com Sarah Barnard (1800-1879), pertencente à seita sande-maniana, na qual se pregava a austerida­de, a abstenção da vida mundana, da be­bida e do fumo. Ele mesmo praticava o culto, tendo sido inclusive nomeado "an­cião" em 1840, com a missão de guia da comunidade religiosa. Essas normas de conduta, severas até o exagero, permiti­ram-lhe resistir ao pesadíssimo regime de trabalho a que se sujeitou, para conse­guir realizar seus estudos. Fraday e Sarah não tiveram filhos. Em 1825 foi eleito diretor do laboratório da Royal Society; apesar de Faraday nunca ter tido uma instrução escolar completa ele recebeu, em 1832, o Diploma Honorário da Universidade de Oxford, sendo homenageado com a medalha Copley da Royal Institution, a maior honraria concedida pela entidade. Já em 1834 foi criado na Royal Institution a cadeira de "Fuller Professor" em Química, especialmente para Faraday , patrocinada por John Fuller, um grande admirador seu.
Durante toda sua vida, Faraday nunca se beneficiou financeiramente das aplicações de suas descobertas, tendo se mantido na Royal Institution até o fim de sua carreira e por trinta anos foi conselheiro da Trinity House mesmo sem nunca ter cursado uma universidade. Royal Society e Royal Institution, tentaram fazer com que Faraday aceitasse a presidência mas não obtiveram sucesso, oque ele realmenta queria era continuar a fazer suas experiências e descobertas.
A partir de 1858, Faraday começou a afastar-se da vida pública, abalado por uma doença que lhe causava períodos de perda de memória. Na época a rainha Vitória lhe ofereceu por seus serviços pelo bem-estar público, uma casa para morar. Porém, durante quatro anos ele ainda esteve bastante ocupado com seus afazeres científicos. Sua saúde, entretanto, foi piorando e a partir de 1862 ele permaneceu a maior parte do tempo em casa, onde veio a falecer a 25 de agosto de 1867 aos 76 anos.

http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/Biografias/Faraday/Faraday3.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Faraday
http://www.perdiamateria.eng.br/Nomes/Faraday.htm
http://collatio.tripod.com/regeq/faraday.htm
http://w3.ufsm.br/petfisica/extras/faraday.htmlhttp://biografias-rosa.blogspot.com/2008/02/michael-faraday.html