domingo, 14 de novembro de 2010

O Dilema da Energia Nuclear



 A utilização da energia nuclear para produzir energia elétrica tem sido uma questão polêmica. São diversos os argumentos a favor e contra sobre este tipo de energia.

Argumentos a favor do uso da energia nuclear para produzir energia elétrica:
  • é a fonte mais concentrada de energia; 1 kg de urânio, o combustível nuclear, produz cerca de 1 milhão de vezes mais energia do que 1 kg de petróleo.
  • a geração de eletricidade por usinas nucleares não emite gases poluentes; não produz efeito estufa nem provoca chuva ácida.
  • os sistemas de segurança das usinas nucleares são construídos com tecnologia muito avançada, o que toma mínima a probabilidade de acidentes. De centenas de usinas nucleares atualmente em funcionamento, os únicos acidentes graves ocorreram em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979, e em Chernobyl, na Ucrânia, pertencente à União Soviética (na época), em 1986.
  • usinas solares, eólicas e as que aproveitam a energia das marés produzem quantidades de energia muito pequenas quando comparadas com as usinas nucleares, e a tecnologia para torná-las mais eficientes ainda está em desenvolvimento.

Argumentos contra o uso da energia nuclear para produzir energia elétrica:
  • as usinas nucleares são um perigo em potencial. Qualquer falha em seu funcionamento, por menos que seja, pode produzir o vazamento de substâncias radioativas que causam câncer e outros prejuízos graves à saúde gumana, além de produzir alterações prejudiciais de longa duração nos ecossistemas.
  • é fonte de energia de maior custo devido à necessidade de manter sistemas de segurança muito eficientes em todas as instalações para evitar vazamentos de substâncias radioativas e para manipular e armazenar os resíduos radioativos.

  • o processamento do urânio, desde a extração do minério até sua utilização nas usinas, chamamos de lixo radioativo, que devem ser isolados para que as radiações não contaminem o ambiente.
O lixo radioativo tem sido armazenado em contêineres blindados e estes, enterredos em câmaras subterrâneas de concreto ou colocados em túneis escavados em montanhas. Como essa não é uma solução definitiva para o armazenamento do lixo nuclear, devem ser tomados os cuidados para que o lixo nuclear não contamine os lençóis subterrâneos de água e para que não seja depositado em regiões sujeitas a terremotos e erupções vulcânicas.

A construção de usinas hidroelétricas é um empreendimento caro e causa danos ambientais de grandes proporções, desequilibrando ecossistemas;  além disso, recentemente se descobriu que a biomassa depositada no fundo dos lagos criadas pelas represas libera gases que causam o efeito estufa. Assim, a construção de novas usinas hidroelétricas deve levar em conta a avaliação do impacto ambiental. A opção por construir um maior número de usinas termoelétricas deve considerar o esgotamento de reservas de carvão e petróleo e a poluição do ar produzida pela queima dos combustíveis. Por isso, no Brasil, também uma alternativa muito discutida para aumentar a produção de energia elétrica é a construção de usinas nucleares.

As usinas nucleares no Brasil

Angra I, a primeira usina nuclear brasileira, foi instalada em Angra dos Reis (RJ). Sua construção estendeu-se de 1971 a 1982. Em 1976, iniciaram-se as obras das usinas Angra I e Angra II, esta última ainda não concluída. Angra II começou a operar em 2000, com o dobro da capacidade de Angra I. As duas usinas, se operam de forma contínua, têm capacidade de produzir 40% da energia consumida no estado do Rio de Janeiro e 4% da energia consumida no Brasil. O Brasil possui reservas de urânio, e cientistas e técnicos brasileiros dominam a tecnologia da produção de energia nuclear e do enriquecimento de urânio.

                   Curso com o prof° Felipe Damasio, Perdendo o medo da radioatividade, outubro 2010.

Postado por: Cristiane Machado de Souza  2º módulo  Lic. Física

Um comentário:

  1. A pouco tempo saiu uma reportagem de como as Usina Nucleares voltaram a ter força como alternativa na fabricação de energia. Várias estão sendo construídas pelo mundo depois de um tempo de recessão, onde algumas chegaram até ser fechadas.
    A revista se encontra na biblioteca do IFSC para quem quizer conferir.

    Alexandre de Matos LIC12

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