Para muitos, falar de alquimia é falar de homens misteriosos, sábios e parte loucos, trancafiados em seus laboratórios escuros aos redores de caldeirões. Verdadeiros feiticeiros a procura incessante da magia da pedra filosofal e do elixir da longa vida. Na verdade eram muito mais sábios que loucos. Prova, que o próprio Isaac Newton era alquímico. Foram eles os pioneiros de várias práticas de laboratório - como a destilação, a fermentação a sublimação - usadas na química até hoje. Mas … de onde vem a alquimia? O que seria esta pedra filosofal e este elixir da longa vida ? Isto é o que tentarei esclarecer neste breve texto.
A palavra Química se originou da palavra egípcia khemeia, uma arte confundida com mistério, superstições, e até mesmo religião. Do árabe, Al-Khemy que quer dizer a química. O encontro da civilização grega com a khemeia marca o nascimento da Alquimia. Conta a lenda, que Alexandre “O Grandre” foi o primeiro a semear a alquimia durante suas conquistas. A cidade de Alexandria era o reduto dos alquimistas. O maior desafio alquimista foi transformar metais menos nobres - como o chumbo entre outros - em ouro. Claro que quem o fizesse garantiria nome e imensa riqueza material, mas a prática alquímica vai muito além disso. O ouro é considerado o mais perfeito dos metais. Inoxidável, incorruptível, raro e cobiçado. Essa transmutação significava a conquita da perfeição material e espiritual. Para o alquimista, o sucesso o tornaria puro , poderoso , sábio. O sucesso o tornaria imortal. Não era a toa que alquimistas de toda parte dedicaram toda sua vida em busca de uma substancia magica capaz desta transmutação, a tao sonhada pedra filosofal. Apenas um pedaço desta pedra, quando interferido em qualquer outra matéria a transformava em ouro. Como não poderia deixar de ser, esta busca era na base da tentativa e erro. Além da pedra filosofal , procurvam também por uma poção magica, o elixir da longa vida, capaz de garantir-lhes a vida eterna. O alquimista só poderia morrer devido a um acidente. A alquimia é um processo filosófico de entendimento da natureza, uma busca de sabedoria e de conhecimento e suas contribuições para química moderna são incontestáveis. Como diz Paulo Coelho , “Não existe nada de completamente errado no mundo, mesmo um relógio parado, consegue estar certo duas vezes por dia.”
Por José Paulo W. da Silveira
jpwollfisica@hotmail.com
Referencias:
DAMASIO, Felipe. TAVARES, Aline. Perdendo o Medo da Radioatividade – Campinas, SP: Autores Associados, 2010.
GLEISER, Marcelo. Mundos Invisíveis. Textos de apoio Frederico Neves – São Paulo: Globo 2008
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