Márcia Elida D. (marcia_elida@hotmail.com)
Najara Bonoldi P. (najarabonoldi@hotmail.com)
Em seu livro Pedagogia da Autonomia
Paulo Freire visa salientar saberes para que o educador não seja apenas mais um
a repassar o tradicional “ensino bancário”, que respeite a vida e os saberes,
que cada educando traga consigo e que ao invés de só repassar conteúdo possa
explorar os conhecimentos já existentes nele e no aluno e aperfeiçoá-los cada
vez mais.
O seu livro Pedagogia da Autonomia
é dividido em três etapas: Não há docência sem discência, Ensinar não é
transferir conhecimento e Ensinar é uma especificidade humana, que entenderemos
um pouco mais detalhadamente.
No capítulo “Não há docência sem Discência” temos educadores críticos,
progressistas e conservadores, mas estes têm algo em comum: precisam saber
dosar a teoria / prática, criar possibilidades para o aluno construir
conhecimentos e reconhecer que está aprendendo e não apenas desenvolvendo um
ensino “depósito bancário”. O professor deverá exercer sempre o hábito da
pesquisa para inovar o conhecimento já existente. O ato de ensinar deve
desenvolver o senso crítico no aluno. O professor deve sempre estar buscando conhecimento e ser crítico de
seu método de ensino, aceitar novas idéias sendo que estas sejam para seu
aperfeiçoamento e melhora de sua prática pedagógica. Todos são capazes de
ensinar respeitando, entendendo é claro as origens, os costumes, as crenças, os
valores de cada um. Não podemos ser alheios aos sentimentos de medo, mas ao
educar, significamente vai gerando a coragem.
No segundo capítulo “ensinar
não é transferir conhecimento”, descreve que o professor não pode achar que
é o dono da verdade e sim estar sempre aberto a sugestões e a críticas. Devem
dar condições para o aluno expressar seus conhecimentos e curiosidades,
indagações e dúvidas. Perceber que o educando também tem sua história de vida e
querendo ou não tem suas crenças e opiniões, tendo o dever de estabelecer a
melhor maneira de ensinar e aprender respeitando o tempo de cada aluno. O
professor deve conhecer a realidade do local em que está trabalhando, precisa conhecer as artimanhas, isso para qualquer
realidade que se queira trabalhar. A dificuldade dessa tarefa é inegável e
requer paciência e, sobretudo, disponibilidade, sendo coerência e segurança para
junto com o aluno alcançar o conhecimento. Quem optar pela licenciatura deve
ter consigo a convicção que mudar é possível, mas necessita de otimismo, saber
que seu trabalho pode ajudar a melhorar o mundo através de sua curiosidade
aguçada e que os educandos podem seguir seu exemplo.
No último capítulo “Ensinar é uma especificidade humana”,
ensinar exige segurança e comprometimento, pois o educador tem que levar a
sério sua profissão, caso contrário estará sujeito à desqualificação de sua
profissão. O ensino do professor dos conteúdos pode ser repassado de diversas
formas como teoria e prática. Quanto mais o professor conhece o aluno melhor se
torna o espaço pedagógico, pois o aprendizado ficará mais “gostoso”. Ensinar
exige do professor liberdade e autoridade porque os dois caminham juntos. Quem
sabe escutar, aprende a falar com os alunos. O professor deve ser firme em sala
de aula, o educando acredita no que está sendo transferido para ele.
A atividade do professor é uma
atividade alegre, com formação séria, a partir daí identificamos a necessidade
de cada um em sua área, pois teremos que ter o domínio de conhecimentos
teóricos e práticos.
No livro a um ponto muito
importante que é o fato de motivar e auto motivar-se, pois há uma constante
busca nas pesquisas, capacitação dos educadores, uma relação entre professor e
aluno, ou seja, uma educação mais decente para o nosso país.
Referência:
FREIRE, Paulo.
Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: paz
e terra, 1996.
adorei sua postagem, Paulo FREIRE bem explicado, eu acho muitointeressante como ele fala do professor e aluno.
ResponderExcluirSo passei pra fazer um gancho e dizer que Paulo Freire é mara. Muito legal, Beijos meninas.
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