domingo, 18 de abril de 2010

Pensamentos para uma pedagogia democrática

Por Marcelo Z. do Nascimento

Paulo Freire separou a sociedade em duas categorias; os dominadores e os oprimidos. A pedagogia do dominante está relacionada com o método da memorização onde o aluno é tratado como depósito de conhecimento. Neste caso o professor dita o conhecimento e os alunos o repetem. O aluno é comparado com uma caixinha, onde o professor deposita o conhecimento e depois dá uma prova na forma de sacar o conhecimento. Essa prática de educação dominante torna o aluno desanimado em adquirir um conhecimento crítico.
A pedagogia dos oprimidos é a educação voltada para a liberdade dos alunos de nível sócio-econômico baixo, para que esses se sintam acolhidos em permanecerem na escola e conquistarem os conhecimentos de forma saudável. É através da educação libertadora que os alunos oprimidos que são a grande maioria também possam adquirir bens culturais e materiais.
Para que os discentes apropriem-se do conhecimento crítico é preciso que o educador questione aos alunos para que estes possam pensar e refletir. É preciso que o professor problematize os conteúdos e que animem os alunos para que estes se sintam animados em pesquisar o conhecimento junto ao professor. Com as pesquisas realizadas pelos discentes é necessário que o docente abra espaço para que estes troquem informações entre eles e com o educador para uma melhor apropriação do conhecimento crítico. Com isso o educador torna-se educando e o educando educador num processo em conjunto.
Segundo Paulo Freire as cartilhas devem ser ignoradas no ensino-aprendizagem, pois o Brasil possui uma grande área territorial com muitas culturas diferentes e com diferentes realidades de vida e que a educação deve estar de acordo com a realidade do aluno.
O professor interessado com o desenvolvimento do conhecimento crítico dos aluno é o mediador dos conhecimentos junto aos alunos. A educação deve ser adquirida pelas reflexões e pela libertação do pensar e pesquisar. É preciso que a escola e a sala de aula seja um lugar democrático e justo para uma sociedade melhor educada, reflexiva e consciente.

Referências

Livro: História da Educação e da Pedagogia Geral e Brasil, 3° edição.
Autora: Maria Lúcia de Arruda Aranha.
Editora: Moderna. Página: 337, 338, 339 e 340.

Livro: Pedagogia do oprimido. Autor: Paulo Freire.
Editora: Paz e Terra. Edição: 47°. Página: 32 até 81.

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