Poluição Luminosa, você já ouviu falar?

Janaina Stuart(janastuartt@hotmail.com)

Najara Bonoldi

A cada ano que passa à um considerável crescimento populacional e consequentemente urbano, com isso a utilização da iluminação artificial noturna também aumenta. Bem, é desta iluminação que me refiro neste texto.

Pode parecer absurdo, talvez por este fato é pouco conhecida e divulgada, mas a poluição luminosa é um grande problema ao desenvolvimento da ciência.
O direcionamento da luz em direção ao céu noturno polui a atmosfera, prejudicando o trabalho de pesquisa dos astrônomos.Difundida na atmosfera, a luz criada pelo homem ofusca a luz dos astros mais fracos, limitando as observações. Temos como exemplo a própria Via Láctea que não pode ser mais admirada na maioria das nossas cidades.
A luz utilizada na iluminação pública é jogada para todos os lados, demostrando o seu mal uso. Muitas fotografias de satélite em órbita mostram como o fulgor das cidades é, literalmente, mandado para o espaço.
Varias soluções estão sendo apresentadas como, o emprego de "chapéus" sobre as lâmpadas como meio de restringir o cone de luz na direção do solo. O emprego da lâmpada de sódio também é outra solução, pois é menos poluidora que a lâmpada de mercúrio, a qual não ajuda muito a visão das pessoas, mas atrapalha os telescópios.
No Brasil, os astrônomos só possuem um observatório de porte competitivo, em Brasópolis, Minas Gerais, que esta sendo ameaçado pela luz das cidades vizinhas.
Todos os aspectos apresentados trazem um alerta para o problema dos observatórios em decorrencia da poluição luminosa. Termino este texto com o seguinte paragrafo retirado da revista Ciência Hoje: "É curioso que, quando a Ciência começa a obter respostas confiáveis sobre a inserção do homem no Universo, adotemos a atitude de apagar a visão do céu noturno, fonte principal de informação, e afastemosa apreciação de sua beleza".

Referência bibliografica

http://www.silvestre.eng.br/astronomia/polumin/