sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Racionalidade dos Índos Brasileiros.

Por: Ândrea Silvano Inácio
andrea.inacio@unisul.br

Quando ocorre transmissão da luz de um meio para outro acompanhada de mudança de velocidade, dizemos que houve refração da luz. Um fato bastante conhecido no meio cientifico. Porem ao ler um artigo, escrito por Eduardo Sebastiani Ferreira, um Professor Pesquisador Etnográfico, (etino vem do grego Ethno= Povo, Nação. Graphun= Escrever. Escrever sobre Nações ou Povos), que em 1980 realiza uma pesquisa sobre a racionalidade dos índios Brasileiros. Em meio as suas pesquisas, durante uma pescaria descobre que os índios conhecem a lei da refração, para explicar melhor cito o fato com as palavras do autor quem viveu a experiência.
“Certo dia um dos Índios resolveu me ensinar a pescar com arco e flecha. Evidentemente que não aprendi. Mas, ele de pé no barco lançou a flecha na metade da distancia entre onde víamos o peixe e aproa do barco, conseguindo pescá-lo. Minha primeira reação foi de espanto: Como ele podia conhecer a lei da refração? Perguntei como ele sabia que deveria atirar a flecha não no ponto onde víamos o peixe, e sua resposta foi ainda mais intrigante: “O peixe não estava lá, os olhos da gente estão errados”.
O que nos faz pensar o motivo pelo qual sempre atribuímos a ciência a tarefa de explicar algo de maneira que não evidencie nossos defeitos. É acreditamos que somo imagem e semelhança de Deus, um ser perfeito, assim sendo não admitimos que pode sim, ter algo errado em nosso corpo, e para isto criamos uma lei física, com o pressuposto de explicar a refração, baseado nisto, (imagem e semelhança de um Deus perfeito) criamos toda nossa ciência. Para os índios que não acreditam serem imagem e semelhança de um Deus perfeito, atribuem o fato de refração, a um defeito aos olhos, passado de geração a geração.
Quero evidenciar aqui a importância de se ter um conhecimento científico etnográfico, visto que a cultura de outros povos traz experiências contextualizadas de muitos conceitos, que muitas vezes conhecemos apenas de livros.
O artigo que li não trata só da refração, e sim de toda racionalidade e cultura de uma aldeia indígena chamada Tapirapé, com uma população de 300 índios. O autor relata algumas experiências de como foi sua passagem por lá, uma vez que sua intenção era lecionar para as crianças da aldeia, e ao mesmo tempo pesquisar sobre suas racionalidades visto que racionalidade é: O Método de observar ou julgar as coisas baseado unicamente na razão. Tornar mais eficiente o trabalho, com planejamento, ou pelo emprego de métodos científicos ou técnicas mais adequadas.

5 comentários:

  1. não li o seu texto, mas era o primeiro que apareceu. por isso usei como exemplo.

    ResponderExcluir
  2. Ândrea, gostei muito mesmo do seu texto. Enquanto aprendemos aqui com livros, pesquisas e ciência, outros culturas aprendem simplismente com o dia a dia e a tradição. Isso realmente é muito interessante.
    Abraço, Monique Souza

    ResponderExcluir
  3. Andrea,gostei muito do tema escolhido, pois tem tudo a ver com o momento vivenciado pela turma. Pois Hewih tem sido meu melhor amigo... Beijão Elis

    ResponderExcluir
  4. por giovanistork@gmail.com

    Oi colega, li o artigo escrito por Eduardo Sebastiani Ferreira, muito legal, interessante, muito rico em conteúdo. Quanto a analogía que você fez referente ao que estamos vendo na cedeira de princípios de ciência física I(reflexão refração), e o artigo de Eduardo, penso ter cido de grande valia.O artigo demonstra a explicação do índio para um fenômeno da natureza que se justifica melhor com o auxilio do estudo das "ciências da natureza", do qual nos alunos temos a oportinidade de estarmos conhecendo.
    Valeu Andrea, abraço....

    ResponderExcluir
  5. Eu só não concordo com os índios conhecem a lei da refração, neste sentido podemos dizer que os peixes são doutores em hidrodinâmica.

    ResponderExcluir