domingo, 17 de outubro de 2010

O vazio da Matéria

Por José Paulo W. da  Silveira
jpwollfisica@hotmail.com  

 Varias especulações sobre natureza atômica emergiram logo após John Dalton demonstrar experimentalmente a existência de tais partículas. O Neozelandês, professor de nove ganhadores do Prêmio Nobel , pai da física nuclear , especialista em radioatividade e co-inventor do contador Geiger ( aparelho utilizado para detectar radioatividade,que curiosamente ostenta somente o nome de seu aluno,o co-inventor Hans Geiger ), Ernest Rutherford, foi quem propôs um modelo atômico mais preciso e, de certa forma, revolucionário. Em 1911, na universidade de Manchester , Rutherford supervisiona o famoso experimento que finalmente viria revelar a estrutura do átomo. O físico e seus assistentes, Hans Geiger e  Ernest Marsden, bombardearam   uma fina lamina de ouro com  partículas  alfa    ( partículas carregadas positivamente emitidas por átomos radioativos).
O resultado foi impressionante. A maioria delas atravessavam a folha sofrendo pouco ou quase nenhum desvio. No entanto uma diminuta parcela destas partículas eram ricocheteadas de volta. Certamente deveriam ter colidido em alguma coisa. Mas como assim ? Todas colidiram com a lamina de ouro, como pode maioria atravessar ? Depois de dois anos de reflexão, algo ainda mais impressionante que os resultados desta experiência foram as conclusões de Rutherford: Os átomos são praticamente vazios!!
É como se fosse um minissistema solar. Se o núcleo atômico for do tamanho da cabeça de uma alfinete, o átomo tem o tamanho do estádio do Maracanã !!! Que sacada genial. Com isso surge outra inquietação. Concordando que os átomos são compostos principalmente por espaços vazios, como não atravessam uns pelos outros ? Como podemos tocar os objetos ou as pessoas, se são na verdade imensos vazios ? Primeiramente, antes ainda  de responder estas perguntas faço outra: quem disse que encostamos nas coisas ? Na verdade nada encosta em nada! O que acontece quando chegamos muito perto de um corpo, supondo estarmos tocando-o, é a ação da repulsão elétrica. Os elétrons encontra-se na superfície mais externa de qualquer átomo, e como sabemos, cargas iguais se repelem. Na verdade o que conseguimos é chegar muito próximo de um corpo, mas não toca-lo. Quanto mais pressionamos nossos pés sobre o chão, aparentemente sólido, maior a força de repulsão que impede-nos de cair através dele. Sempre existira um espaço, mesmo que invisível entre um corpo e outro.

Referencias:
GLEISER, Marcelo. Mundos Invisíveis. Textos de apoio Frederico Neves – São Paulo: Globo 2008 .
Hewitt, Paul G. Física Conceitual ; trad. Trieste Freire Ricci e Maria Helena Gravatina.-9.ed.- Porto Alegre : Bookmam, 2002

Um comentário:

  1. Nunca encostamos em nada, frase "estranha" pra que lê a primeira vez, não é? Mas é isso mesmo, há mais no átomo do que estamos acostumados a ouvir falar. Muito bom o texto Zé! \o

    Por: Evelin P. Lambertes

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