A Língua Portuguesa é considerada um tanto quanto difícil na opinião de muitas pessoas. Não cabe aqui fazer referência a um estudioso da língua ou a uma pessoa que tenha constantemente contato com as regras da norma culta, tal como um escritor, jornalista ou professor, cabe, sim, enquadrar a opinião dos leitores menos críticos, mas que utilizam o português no simples ato de falar ou escrever. Aos acadêmicos do IF-SC, futuros professores de Física, seguem algumas dicas para o aprimoramento da fala e da escrita de acordo com a norma culta.
A primeira delas faz alusão a uma palavra muito utilizada na linguagem coloquial e que surge principalmente através da fala. Trata-se da palavra “menas”, que simplesmente não existe na Língua Portuguesa. O correto é o uso do termo “menos”, mesmo que depois dele venha outra palavra feminina. Ex.: “João tem menos canetas do que Maria”.
Outro erro bastante presente na fala das pessoas se refere às palavras “seje” e “esteje”, sendo que elas também não existem na Língua Portuguesa. Devem ser substituídas pelos termos “seja” e “esteja”, respectivamente. Ex.: “ - João, esteja preso!” ou “Vou amar aquela criança, seja ela homem ou mulher!”.
Além disso, em alguns casos a conjugação do verbo “dar” toma outra configuração quando pronunciada em primeira pessoa do singular. Ex.: “Eu di”, enquanto que o correto é dizer “Eu dei”.
Outra dica diz respeito ao uso das palavras “mal” e “mau”. A primeira é o contrário de “bem”, já segunda é o contrário de “bom”. Há confusão também quando se escreve as palavras “mas, mais e más”. O termo “mas” é uma conjunção, assim como as palavras “contudo, todavia, porém...”. O termo “mais” indica quantidade, representando o contrário de “menos”. Usa-se a palavra “más” quando o significado for de “maldade”. Ex.: “Elas são más”.
Seguindo o mesmo raciocínio, os termos “meio” e “meia” também merecem atenção ao serem pronunciados de maneira quantitativa. “Meio” significa “um pouco” enquanto que “meia” significa “uma metade”. Ex.: “Ela está meio cansada (um pouco cansada)” e “Comi meia laranja (metade da laranja)”.
A exemplo dos últimos termos entre aspas, é comum o erro usual das palavras “há” e “à”. Ao fazer referência ao verbo “haver”, o correto é usar o termo “há”, assim como na representação de tempo decorrido. Ex.: “Há pessoas naquela sala” e “Há dez anos não vejo meu professor”. Já o uso do “à” acontece quando depois dele surge uma palavra feminina que, se fosse substituída por uma palavra masculina da mesma classe gramatical, faria com que o termo “à” se tornasse “ao”, confirmando a união entre um artigo e uma preposição (a + a = à). Ex.: “João foi à escola”. Ao trocar “escola” por “colégio”, fica: “João foi ao colégio”. Logo, aqui existe o uso da crase.
Para finalizar, um cuidado mais do que especial ao conjugar os verbos “haver” e “fazer”. Quando o verbo “haver” significar “existir”, ele sempre ficará no singular. Ex.: “Houve dez festas no período de cinco dias”. Quando o verbo “fazer” indicar tempo decorrido, ele também ficará sempre no singular. Ex.: “Faz dez anos que não vejo meu professor”.
Estas foram algumas dicas para tentar diminuir os erros na fala e na escrita, erros que todos cometemos. A idéia é usar este espaço para compartilhar informações e fazer com que todos os leitores possam contribuir com alguma postagem significativa e relevante para o sucesso do curso.
Por:Giovane Stork. giovanistork@gmail.com
ResponderExcluirOlá Ricardo,gostei muito do texto,bem esclarecedor.Essas muitas regrinhas por vezes nos induzem ao erro.Com certeza vou estar imprimindo vossa síntese para futuro uso da mesma.Abraço.
Por: Ândrea Silvano Inacio
ResponderExcluirandrea.inacio@unisul.br
Olá!! Ricardo gostei muito do seu texto, ao contrario de uma de suas colegas, entendi que quando se referia a "meia" se referiu a divisão, metade de algo...
Sabe como é para bom entendedor "meia" palavra basta!!!!!!
Por: Leanny Karine Aguiar (leaguiarr@hotmail.com)
ResponderExcluirRicardo, achei ótimo sua postagem, as dicas ficaram bem explicadinhas, muito bom mesmo! É interessante realmente termos esse material, usaremos isto sempre né? Não podemos esquecer também que temos sempre a ajuda do professor Olivier...
:)
Caue Scarpari (caue_scarpari_2@hotmail.com)
ResponderExcluirDae Ricardo, bem interessante esse teu post.
É bem oque ele tava falando pra nossa turma...
Varias coisas a gente acha que escreve certo ou fala certo, agora se encaixa melhor. A virgula mesmo eu botava mas nem sabia se tava certo e tal, o resto também. Bem bom, abraço
Betina
ResponderExcluirMuito bem caro colega, em poucas linhas "há" muitas informações importantes a respeito da nossa língua, que apesar de muito bonita é "meio" complicada.
É sempre "bom" que textos como este "estejam" a nossa disposição e dessa forma possam ser consultados para que "haja" "menos" dúvidas.
"Faz" alguns meses que nos conhecemos e gostei muito da sua preocupação com o "bom" português usado pelos colegas.
Agradeço desde já resaltando que digo obrigada por ser do sexo feminino, caso contrário te diria obrigado. ;)
bjo
Olá. Importante texto, Ricardo. Aonde se refere a conjugação do verbo "dar", que muitas pessoas insistem, erroniamente em dizer: " eu di isso...; eu di aquilo...".Ilário, porém preocupante. Ótimo texto.
ResponderExcluirOi Ricardo. Texto bem esclarecedor, agradeço por esta porstagem , pois sei que vai ser muito util. Abraços Monique
ResponderExcluirRicardo, é muito importe esta ênfase que você fez sobre a língua portuguesa. Lembrando que sou professora desta matéria. "Adaptar" nossa fala de acordo com quem conversamos é uma boa dica, pois usaremos apenas palavras simples como exemplo, ou seja, de acordo com o ambiente. Mas nunca deixar de falar corretamente. OBS: Particularmente gosto de lembrar que em nosso País falamos Brasileiro.
ResponderExcluirGraciane
Português deveria ser mais valorizado no Ensino Médio público, ter apenas duas aulas semanais é um absurdo, e os professores não são mágicos.
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